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Mostrando postagens de abril, 2016

Cotidiano

O despertador toca, marca cinco horas e trinta minutos, você o desliga, vira para o lado e se põe a pensar, tenta se convencer que está construindo algo, e para isso se faz necessário levantar. Imagina que um dia terá um emprego medíocre, irá gastar dinheiro e se conSUMIRá. Dez minutos passaram-se, você pula da cama, mija, olha-se no espelho e pergunta-se: "Será que eu sou uma pessoa que vale a pena?", escova os dentes e cai embaixo do chuveiro frio. Correndo para para pegar o coletivo, mais um milhão de perguntas: "Será que o que faço me levará há algum lugar? Esse lugar existe, é real?" O coletivo passa na esquina, você o perdeu, agora está a xingar, então respira, senta, abre um livro e espera.

Querida,

não posso oferta-lhes muito, apenas anseio que estejais em ciência da minha loucura, guarde-a consigo, hoje, regozijo-me porque ao meio dessa turbulência, o meu calor e carinho por vós ainda é estável. Guarde este papel velho consigo, não o comprei, já que nada que possa ser comprado iguala-se a sua preciosidade. Olhe as manchas desse papel, pois digo-lhes que é dessa forma que espero que conecte-se ao Universo e a Vida. Amo-vos, imperativamente ordeno-lhes que viva, preciso da sua companhia. Com amor.

Papinho lírico no dia dos namorados, por Daiane Santos.