Sábado à noite, 20h, saí de casa para beber com uns amigos em um bar, fizemos piadas ruins, conversamos sobre o passado, alguém me perguntou em que trabalho e eu evitei falar sobre o assunto. Não sei acredito no que estou fazendo, mas faço! Assim, eu bebo mais um copo. Não consigo compreender o porquê os dilemas humanos não são dissolvidos no álcool. Nada obstante, eu estou bem, sabe? Estou no bar com amigos, em seguida outras mesas juntam-se a nossa e amigos juntam-se a nós. Todos são amigos no bar, isso me parece muito evidente. O copo está cheio, mas a garrafa de cerveja não! Pedimos outra garrafa, logo algumas confissões emergem. Alguém a mesa me ridiculariza, ocorre parecer apenas uma brincadeira, pois olho para os lados e todos riem. Eu me pergunto: “Como uma pessoa até o momento desconhecida pode saber – exatamente – como me magoar?”. Todos os dias eu acordo e lido com a minha existência ferida, eu lavo a minha cara preta na torneira da pia do banheiro com sabonete ...
por Abayomi Jamila