Já descrevi amores, já caracterizei vidas, já dei vida à poesia, e ainda tive a audácia compor partituras, mas, confesso que tenho medo, medo de ousar tocar em uma caneta para dizer quem sou, quando na verdade estou, pode até parecer insânia, mas nada que não se possa se resolvido com uma dose de filosofia, bom, ao menos eu acho. Para minha felicidade ou infelicidade, ainda não sei ao certo (mas, estou empenhada para que seja para minha felicidade), nasci dia 11 de novembro de 1995 ás 11 horas e 25 minutos no hospital Santa Isabel em Aracaju/SE. Daiane, nome concebido por meu progenitor e selado pela minha progenitora. Castigados pelo sol causticante, pela escassez de chuva e pelas condições precárias de viver, nos vimos obrigados a deixar o cenário desértico do nosso nordeste e partir em busca de dias melhores. Em fevereiro de 2001 partimos destino a Rondonópolis/MT. Desde então, venho acompanhando as eventuais mudanças desta cidade primavera! Recordo-me com precisão, as poças d’águas que inundavam as ruas dos verões chuvosos e a alegria da criançada ao voltar da escola tendo nas mãos os sapinhos das “minis lagoas”, as pedras e as tábuas que eram lançadas na estrada para evitar pisar na lama (o que era quase inevitável). E hoje andando pela Presidente Kenedy, rua pela qual passava todos os dias para ir à escola, é perceptível comtemplar casarões, comércios e pavimentação asfáltica (mesmo que isso não seja o forte do nosso município). É perceptível a presença de consultórios médicos e clinicas onde antes era só mais um terreno baldio, aos poucos pude ver grandes supermercados tomarem o lugar de mercadinhos com produtos empoeirados, frutas e verduras murchas. Vi que em algumas alamedas os móveis passaram a se locomover num só sentido. Panificadoras nobres ganharam o lugar de padarias com um tom envelhecido e paredes sujas.
Sempre estudei em escola publica, falo com orgulho que sempre contei com o respaldo e o acompanhamento dos meus pais nas instituições de ensino pela qual passei o que me entusiasmou a continuar desenvolvendo minhas potencialidades afetivas e cognitivas. Confesso que sou perdidamente apaixonada por música, aquela que manifesta os diversos afetos mediante o som.
E se assim dizer que terminei seria constrangedor porque a historia de uma pessoa não se cabe, num livro, num filme e muito menos em menos de 450 palavras, não há como dar o devido peso a cada ano vivido nem como incluir eventos que fizera parte de uma vida inteira. O que se pode é ser fiel aos acontecimentos a essência da trajetória.
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