Eu fui sua como nunca
tinha sido de nenhuma outra pessoa, mas você não soube me ter, você não soube
me amar. Meu “corte” contigo tem me custado lágrimas noites afora e adentro. Eu
tentei me convencer que eu era capaz de deixá-la e que, ao final de tudo, você
seria a melhor coisa que eu nunca tive, assim como eu tinha ouvido em uma
canção, um dia desses.
Eu gostaria de ter dito
que você havia se tornado espinho na minha carne, eu queria que você fosse
capaz de ouvir meu desespero, de compreender meu soluço em meio aos meus
gemidos. Estes, que em outro momento havia sido de prazer por você me perpassar
com seus toques, seus dedos.
Os dias se passam e
depois de uma noite de álcool, acordo em um colchão desconhecido, na casa de
outra mulher, uma linda amiga, mas quando busco um corpo perto do meu, eu
percebo que ela tinha me abandonado e meu lado estava vazio.
Notei que ainda te
amava em conversas triviais sobre amores passados em mesa de bar. Entre risos
ébrios e constrangidos, eu lembrei que ainda guardo suas fotos e ouço nossas
músicas. Sinto-me como se fosse incapaz de te esquecer.
Ontem, eu revisitei
lugares que eram seus, logo percebi que você já tinha e desejava os lábios de
outra mulher! Carregada pela culpa por ter aceitado seu “quase-afeto” em condições
questionáveis, a minha dor foi previsível.
Espero poder te
escrever: “Hoje, faz um ano desde que me encontrei nua em seus braços, desde
que eu decidi que iria sempre revisitar seu abraço, desde que desejei que seu
corpo sempre estivesse em mim. ”
Hoje, do lugar em que
escrevo, eu espero lhe dizer no futuro: "Quantas mulheres me amaram mais e
melhor que você”.
Com carinho, um amor
que poderia ter sido, mas não foi.
Comentários
Postar um comentário