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Para me lembrar que ainda sei amar

Escrevo pensando no tanto de mim que existe em você, buscando referências para dizer que te amo.
Tenho escrito com propriedade sobre a ingratidão, angústia, sobre a dor e a perda, mas pouco sei sobre amar. Minha voz literária parece não ter domínio, no que diz respeito a esse campo. Porém, à medida que experiencio nossa relação, eu sinto algo que as minhas leituras não alcançaram. Leio e escrevo em mim, um sentimento nobre e genuíno, o qual tenho o prazer de dividir contigo.
Eu estou com saudades, saudades do seu toque, saudades do nosso abraço desconcertado, saudades do meu riso nervoso e dos meus gestos vexatórios, do medo de algum modo as palavras não saírem.
Agora tenho algumas frases prontas, espero dizer tudo quanto preciso a partir delas, antes de que alguma de nós se despeça sem que venhamos a saber que eu estou te amando.
Ainda que, por vezes sem palavras ou com frases de efeito de filme superestimado, eu quero ter sempre algumas linhas para te oferecer, quero sempre tecer, criar, construir algo com você, porque sou apaixonada por tudo quanto você tem permitido que eu conheça de você, da mesma maneira que briso no envolvimento que a gente possui.
Obrigada por ser essa pessoa que faz com que eu seja uma mulher mais gentil e doce comigo. Sou grata pela sua paciência, cumplicidade e lealdade.
Sempre penso nas nossas perspectivas futuras, fico pensando no quanto dos nossos planos inclui a gente, qual será a nossa primeira praia, entre outras coisas. Diante de tudo isso, algo é certo: quero ter muitas primeiras vezes com você.

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