Todas às vezes que eu a chamava pra sair comigo, ela dizia que sim. No primeiro encontro, ela me beijou na despedida do ponto de ônibus. No segundo encontro, na praça central, ela virou o rosto quando busquei beijá-la. No terceiro encontro, ela me beijou na mesa do bar. No quarto encontro, dormimos de costas. No quinto encontro, ela disse que gostava de mim. No sexto encontro, ela disse que não me queria. Após um ano, na semana passada, eu a vi no coletivo após voltar da psicoterapia, acenei com a mão, sentei ao lado dela, não trocamos uma palavra sequer. Ela desceu, eu continuei a viagem.
a vida é uma aventura a história é um instante a infelicidade é uma cultura o tempo... tá na estante o homem onipotente saturado de agoras esconde o tédio dos doentes do agora racismo como política de segurança psicoterapia para minar as inseguranças o que a gente faz com o esquecimento? para onde a gente vai com o anulamento?
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