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Mostrando postagens de março, 2018

Datas

Eu fui sua como nunca tinha sido de nenhuma outra pessoa, mas você não soube me ter, você não soube me amar. Meu “corte” contigo tem me custado lágrimas noites afora e adentro. Eu tentei me convencer que eu era capaz de deixá-la e que, ao final de tudo, você seria a melhor coisa que eu nunca tive, assim como eu tinha ouvido em uma canção, um dia desses. Eu gostaria de ter dito que você havia se tornado espinho na minha carne, eu queria que você fosse capaz de ouvir meu desespero, de compreender meu soluço em meio aos meus gemidos. Estes, que em outro momento havia sido de prazer por você me perpassar com seus toques, seus dedos. Os dias se passam e depois de uma noite de álcool, acordo em um colchão desconhecido, na casa de outra mulher, uma linda amiga, mas quando busco um corpo perto do meu, eu percebo que ela tinha me abandonado e meu lado estava vazio. Notei que ainda te amava em conversas triviais sobre amores passados em mesa de bar. Entre risos ébrios e constrangidos,...

A dor de ser, estar e não amar

Nada do que você já não saiba ou que eu não tenha falado. Quero ressaltar que eu só escrevo em extrema agonia.  Esses trechos são fragmentos de angústias em momentos distintos. Eu já deveria ter me familiarizado com a dor. A dor, sempre crônica, companheira de todas as horas. Às vezes sufoca, estrangula, ela faz com que o meu peito fique dilacerado. Eu estou cansada! Não sei o que fazer para mudar o modo como eu me sinto, talvez outra vida seja viável. Morrer talvez seria melhor, porque eu não suporto mais o sofrimento que essa existência me causa. Mas eu gostaria de ser feliz! Eu não consigo dormir! Tento não me deparar com a limitação da minha condição de mulher preta. Tudo a minha volta possui um tom de cinza, tudo é mórbido e eu já nem sei quem eu sou. Eu só estive em dor, eu não existi, eu me angustiei. Maldito viver. ... Eu não sei o que é ser amada, tocada... Já desejou tanto algo de modo que você se sentisse dependente disso para continuar existindo? É ...

A efemeridade da vida e tudo mais

As vésperas do meu aniversário, eu revolvi escrever sobre o modo como eu me sinto nessas datas e fazer uma análise superficial das coisas que dizem respeito à forma como tenho conduzido minha vida. Ocorre que algumas angústias não se dissipam com a idade, elas apenas mudam de maneira a se intensificarem, seria o peso ou a leveza da insustentável leveza do ser? Eu não sei se devo me sentir grata por mais um dia ou ignorar o fato de que os dias estão passando e minha vida está se consumindo em uma frustração cotidiana. E se devo me sentir grata, a quem eu devo dirigir a minha ingratidão? Convivo com pessoas as quais já me provocaram um apanhando de sentimentos contraditórios, assim tento viver de modo a considerar a existência dessas pessoas como inertes. Os meus últimos dias tem sido um misto de insatisfação e indiferença. Insatisfação com o modo como tenho conduzido minha vida, uma instabilidade e uma incerteza sem fim. Amanhã, eu faço 21 anos. Não tenho ambições, não tenho di...

Atravessamentos triviais e literais

"Uma noite longa, uma vida curta (...)" "Ih, que que eu tô fazendo aqui Mais de 7 dias sem dormir (,,,)" A vida é podre, logo cheira mal!                                                                                                                                                                         Sábado à noite, 20h, saí de casa para beber com uns amigos em um bar, fizemos piadas ruins, conversamos sobre o passado, alguém me perguntou em que trabalho e eu evitei conversar sobre o assunto. Não sei acredito no que estou ...